De repente, não mais que de repente..
..fez-se do amigo próximo o distante. Essa frase, tão resumida, traduz fielmente um fato terrível que acontece durante a existência de qualquer pessoa: a traição,o paradoxo do amor transmutado em ódio. Conforme alguns de vocês podem conferir posts abaixo, eu disse que iria lhes contar algo pessoal. Eis a história:
Há algum tempo, meu querido e único irmão namorou determinada garota. Felizmente, sempre fui da política de boa-vizinhança com qualquer entidade por quem ele se apaixonasse(apesar de, algumas vezes, ele ter se metido nas piores burradas possíveis)e sempre tratei muito bem qualquer namoradinha que aparecesse por aqui. Essa não foi exceção.
Anos depois, reencontrei-a na turma da faculdade do Neo. Como ela sempre se mostrou simpática e agradável, não custei a admiti-la como amiga, apesar de, pouco tempo após começarmos a amizade, tive uma conversa um pouco perturbadora com uma outra amiga.
- Então, você agora é próxima dela?
- Claro, por que não seria?
- Não sei.. existe algo que não me parece bem.. a linguagem corporal dela, o jeito que ela olha para o seu namorado.. Abre o olho.
Esse diálogo, não obstante, não me serviu de advertência. Pensei que se tratasse de ciúmes e não dei a devida atenção. Incomodava-me, contudo, o fato dessa ex-namorada do meu irmão ser completamente promíscua quanto ao trato com os homens(o que me levou a questionar sua fidelidade com meu irmão, confesso, uma vez que ela não foi fiel a nenhum namorado na época em que fomos próximas)e quanto ao fato dela tomar certas atitudes que desrespeitavam completamente os sentimentos de quem ela dizia amar.
Certa vez, houve um teste para uma bolsa de estudos para a Alemanha na qual Neo estava muito interessado. Como ele faltou às aulas de alemão durante uma semana para estudar para um concurso público, ele pediu que ela o informasse de quando haveria as inscrições para o teste. Certo dia, ao chegar mais cedo à aula, ele a viu saindo de uma sala: ela acabara de fazer o tal teste. Eles discutiram e ele ficou furioso porque, no dia anterior, ela saíra conosco e não nos informara nada sobre a ocorrência do exame. A desculpa dela? "Eu pensava que você já sabia."
Para ele, esse foi o fim da amizade. Conformei-o e disse que, para não acabar com a paz do grupo, a partir de agora a trataríamos bem mas sem intimidades. Todavia, menos de um mês após o ocorrido, uma amiga dela, via internet, soltou um comentário malicioso sobre meu namorado no fotolog dessa "nem-tanto-amiga-que-não-queria-concorrência"(que, num ato de desespero, postara uma foto dos dois dizendo "esse é meu *melhor* amigo" -IMAGINAM o que ela faria com o PIOR)
- Nossa, esse teu amigo é um gatinho hein?
- Pois é, mas "esse teu amigo" tem dona faz tempo. (isso fui eu, lógico - vocês acham mesmo que eu deixaria isso passar?)
- Nossa, que estresse, pode ficar tranquila porque o seu gatinho pode ser gatinho mas o meu gatinho é ainda mais gatinho - ih ih ih.
- Mmá felha, em nenhum momento eu tive motivos pra perder a tranquilidade.
Ironicamente, pouco tempo depois, começaram a ocorrer xingamentos anônimos no meu fotolog.
Dias depois, eu falei no msn com a "faltando-um-triz-para-ex-amiga" e disse-lhe que se o baranga cibernética continuasse me incomodando, eu deixaria o link para o fotolog dela aqui no blog e AÍ SIM ela teria motivos pra perder a tranquilidade. O que a "quase-ex-amiga" respondeu:
- Você se incomoda com muito pouco, que bobagem. A gente nem sabe se é ela.
Eu não respondi. Continuei conversando normalmente e, depois de certo tempo, despedi-me. Contei a Neo sobre a conversa, o que ele retrucou "eu não sei por que você ainda perde tempo falando com essa cínica." Sabem quando alguém precisa dizer que você pisou na merda para que você sinta o cheiro? Foi o caso.
Não atendi mais aos telefonemas dela nem compareci mais às reuniõs da turma. Percebendo nosso desprezo e já sabendo que os outros membros do grupo tomaram conhecimento do que aconteceu, ela, num gesto ridículo, mandou um e-mail em massa com o título "o que é ser amigo". Percebi que a garota tinha duas máscaras: uma, a gentil e simpática, que era como ela queria que todos a vissem. A outra, insensível e manipuladora, quem ela realmente era. Não respondi ao mail, mas fiz um post aqui no blog(talvez alguns de vocês lembrem, iniciava-se com um trecho do Pequeno Príncipe em que ele conhecia um bêbado que causava os próprios problemas)em que deixei claro que não cairia mais nas falácias da "péssima-falsa-bagarai-nem-à-chabatadas-amiga".
O que aconteceu, em seguida, foi mais patético ainda. Os xingamentos anônimos no fotolog aumentaram, mas, dessa vez, havia um anônimo que sabia exatamente o que dizer para me magoar. Engraçado que as pessoas mais próximas a nós são as que têm a maior capacidade de nos atingir, não é mesmo? Uma frase dita por um desconhecido pode mudar completamente de sentido se dita por um amigo. No caso, o que ela não imaginava, foi a quantidade de pessoas que, logo após saberem que eu findara nossa amizade, vieram me contar fatos terríveis sobre ela: sua má reputação em mais de três faculdades diferentes, sobre o que ela fizera a outras pessoas, sobre o que seus ex-amantes pensavam sobre ela, sobre as inúmeras vezes em que ela dera em cima do MEU namorado..
Bem, eu tenho três inimigos declarados na minha vida(briguinha besta não vale, senão a lista seria estratosférica!), ela inclusa. A boa notícia, para mim, é que a última acusação que eles podem fazer sobre minha personalidade é a falta de caráter.
Esse post é para lhes perdir, leitores indóceis, a opinião sobre um fato que acontecerá brevemente: uma das colegas desse grupo casar-se-á em breve. Haverá o chá-de-panelas(mulheres somente)e é quase fato que a "vapacasadocaralho-mui-amiga" estará lá. Eu já tomei a decisão de não comparecer a esse evento, apesar de amar a amiga que irá se casar com todo meu coração. Distribuir sorriso cínico, usar uma máscara, pra quê? Eu não sou assim. Creio que existem dois tipos de problemas: os que têm solução e os que não têm. Quanto a mim, o respeito, o amor, a amizade, tudo acabou. Quanto à ela, definitivamente, o problema é do psiquiatra.
No caso,o que vocês fariam? Opiniões diversas, mesmo contrárias à minha decisão, podem me adicionar pensamentos. E é para isso que a caixinha de comentários serve,
Agora, é com vocês..
segunda-feira, julho 17, 2006
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