Aproveitando esse clima gostoso de recomeço(e eu não sei se já lhes disse, mas adoro páginas em branco - elas me dão vontade de desenhar hehe - e dá-lhe última matéria do caderno!), gostaria de presentear-lhes com um trecho explêndido de um livro que meu querido ex-namorado e atual amigãozão me deu:
*A insustentavel leveza do ser*
Milan Kundera
Trecho:
Torturava-se com recriminações,mas terminou por se convencer de que era no fundo normal que não soubesse o que queria:
"Nunca se pode saber aquilo que se deve querer pois só se tem uma vida e não se pode compara-la com vidas anteriores,nem corrigi-las nas vidas posteriores".
Mas o homem,porque não tem senão uma vida,não tem nenhuma possibilidade de verificar a hipotese atraves de experimentos,de maneira que nao saberá nunca se errou ou acertou ao obedecer a um sentimento.
Teria agido certo ou errado?
Não existe meio de de verificar qual qual é a boa decisão,pois não existe termo de comparação.
Tudo é vivido pela primeira vez e sem preparação.
Como se o ator entrasse me cena sem nunca ter ensaiado.
Mas o que pode valer a vida,se o primeiro ensaio da vida..já é a propria vida?
É isso que faz com que a vida pareça sempre um esboço.
No entanto,mesmo "esboço" não é palavra certa.
Porque um esboço é sempre um projeto de alguma coisa,a preparação de um quadro,ao passo que o esboço que é nossa a própria vida não é um esboço de nada,é um esboço sem quadro.
Uma vez nao conta,uma vez é nunca...
Não poder viver senão uma vida é como nao viver nunca.
:::::Façam bom uso desse pensamento.:::::
quinta-feira, janeiro 04, 2007
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