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domingo, outubro 25, 2009

Demônios internos

Analisando os arquivos antigos desse blog, senti vergonha do que escrevi em vários momentos. Sabem, eu já tive um gênio bem difícil. Não falo que ele tornou-se fácil (certas coisas levam tempo), mas aprendi muita coisa nessa vida. Uma delas diz respeito às ações em resposta à ignorância de outras pessoas. Já fui de argumentar, discutir, alterar-me, enfim, entrar na briga pra vencer na porrada mesmo. O tempo, contudo, ensinou-me o seguinte: não vale a pena perder a razão. NUNCA. Ao agirmos por impulso, tendemos a nos igualar com aquele que nos feriu e isso gera uma reação em cadeia, porque outras pessoas que não tinham a menor participação na história terminam sendo feridas, também. Eis um texto bem interessantes sobre esse assunto:

Um velho avô disse a seu neto, que veio a ele com raiva de um amigo que lhe havia feito uma injustiça:

- Deixe-me contar-lhe uma história. Eu mesmo, algumas vezes, senti grande ódio daqueles que magoaram tanto e que não demonstraram qualquer arrependimento ao que me fizeram. Todavia, o ódio lhe corrói, mas não fere o seu inimigo. É o mesmo que tomar veneno desejando que seu inimigo morra. Lutei muitas vezes contra estes sentimentos..
E ele continuou: - É como se existissem dois lobos dentro de nós.Um deles é bom e não magoa. Ele vive em harmonia com todos ao redor dele e não se ofende quando não se teve intenção de ofender. Ele só lutará quando for certo fazer isto, e da maneira correta. Mas o outro lobo, ah! Esse é cheio de raiva. Mesmo as pequenas coisas o lançam num ataque de ira. Ele briga com todos o tempo todo e sem qualquer motivo! Ele não consegue raciocinar, porque sua raiva e seu ódio são muito grandes. E é uma raiva inútil, pois ela não irá mudar nada do que aconteceu..Algumas vezes é difícil conviver com estes dois lobos dentro de nós, pois ambos tentam dominar nosso espírito.

O garoto olhou intensamente nos olhos de seu avô e perguntou:
- E qual deles vence, vovô?

O avô sorriu e respondeu baixinho:
- Aquele que eu alimento mais freqüentemente.

"E no final, o amor que você recebe equivale ao amor que você dá."