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quinta-feira, novembro 27, 2003

Diálogos indóceis

Há uma criatura do cursinho a qual eu não me dou muito bem. Não que ela seja "do mal" e eu seja "do bem" (ou o contrário), a menina até que é gente fina, mas é fresquinha que dói. É dessas que usam aqueles cintos gigantescos por cima da calça e quando sentam o cinto vai bater lã no meio do pescoço, só vestem roupa de marca, sabe tu-do sobre as novelas, a-mam Sandra&Júnia (e eu quase desci a porrada quando ela falou que eu copiei a bota rosea da Sandra,eu nem sabia que essa louca tambem tinha bota rósea) e fazem as unhas toda semana.
Ah, as unhas.
Eu odeio salão. Desde que me dou por gente, sempre tentei aprender a fazer sozinha certas coisas para não ter de depender de ninguém. Logo, pinto o bebelo by myself, depilação é comigo mesma,mas unhas.. esse não deu. Até tentei certas vezes, mas, na eminência de arrancar um dedo, desisti. Encontrei um método bótimo : deixá-las curtinhas e com base em cima. Pronto, bonitinho putiputi sem precisar gastar $$$.
- Boo, por que você não faz as unhas ?
- Frescura.
- Sério, os homens reparam nisso.
- E eu lá quero me mostrar pra alguém ?O essencial é invisível aos olhos!!!!!
- Você deveria experimentar, não sabe o que está perdendo.


Ora essa, perdendo o quê ? Ficaria eu&eu, só nos duas, no maior pavoneamento "zente olha minha unha cor de púrpura!" ??? Para o diabo. Entretanto, fiquei aborrecida. Fui num supermercado e comprei um esmalte azul-saco-de-lixo. Passei-o na maior esculhambação e,no dia seguinte, fui à aula.
- Nossa, o que você fez com suas unhas ?! Que cor é essa ?!
- Aqui pra você(esticando o dedo médio), uma coisinha bem azul-celeste.


Depois dessa, ela não encheu mais.
Mas ei, é verdade que homem repara nessas coisas ?

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