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segunda-feira, junho 06, 2005

Ano atípico, este.
Como vocês devem ter percebido, já faz um bom tempo que evito tratar de assuntos pessoais nesse blog. Não é que eu não confie em vocês –até porque nunca confiei antes, de qualquer forma *hehe– mas ultimamente eu prefiro não ter de falar sobre assuntos que não me agradam.
(bom era o tempo em que eu conseguia rir até do que me acontecia de mal, mas ultimamente a mazelice passou dos extremos!)
Contudo, há algo que eu gostaria de compartilhar com vocês.
Mãe doente(restabelecida, felizmente!Já voltou até a me mandar estudar mais!), vaga incerta(ANOTAM: se você é uma reles mortal que não possui parentes políticos ou juízes federais, uma questão relativamente simples pode perdurar por ANOS na Justiça) e outras tantas coisas que quando não doer mais ou quando doer menos eu falo por aqui.
E o que me aparece?
Inimigos declarados SURTADOS numa caridade inesperada. Pessoas que uma época considerei amigas e, pela incompreensão do amor virado em ódio, transgrediram o que eu considero o código máximo de conduta da amizade: a fidelidade.
“Eu soube de sua mãe.. Espero que ela fique melhor.”
E foi preciso minha mãe ficar doente para me dirigir a palavra?Isso é uma relação de causa- consequência? Não use a doença de minha mãe como desculpa para falar comigo e aliviar sua hipocrisia.
“Você parece estar bem.. Resolvi deixar de besteiras e vir falar com você..”
Besteira o escambau, isso é uma questão de bom-senso. Troque de calçada se cruzar comigo na rua, faz favor.

Eu não sei fingir benevolência nesses casos.(não sei se isso é um defeito ou uma qualidade, na verdade.).Deixo o bom-mocismo para quem é capaz de praticá-lo(ou fingi-lo). Não estou dizendo “eu sou perfeita, eu estou com a razão, morram vocês todos com meu fel”. Não, não. Honestamente, sou um dos piores exemplos de porralouquice que conheço. Aliás, antes de aprender o real valor da amizade e do afeto, agi de forma desonesta e insensível com uma pessoa que me considerava uma grande amiga. Depois de muito tempo com a consciência pesadíssima, pedi-lhe desculpas e disse-lhe que nunca conseguira esquecer o que fizera. Ela me presenteou com a seguinte resposta:

-Engraçado, eu tinha me esquecido de que você tinha feito isso.Mas sabe, se você passou tanto tempo lembrando, é porque isso te prejudicou muito mais do que a mim. Não se preocupe comigo. Já não importa mais. A vida não é um quadro, sabe? Nós não somos mais as mesmas daquela época, nem nossa amizade poderia voltar a ser o que foi, nem vale a pena remoer no que não valeu a pena. Fico feliz que você tenha aprendido e crescido com isso, entretanto.

Eu acredito que o amor seja semelhante a uma equação matemática. Num cálculo, quando se comentem muitos erros, o resultado final sai COMPLETAMENTE diferente do que seria o correto.
Sendo assim, a quem esse post se destina: esqueçam de mim. Reflitam seus erros e evitem-nos na próxima amizade ou no próximo "cálculo" que vocês venham a fazer.
(afinal, eu já me esqueci de vocês há tempos.)

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