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segunda-feira, julho 28, 2003

Pensamentos

Resolvi listar os pensamentos mais pertinentes do dia.
Toca o despertador.
(ah não, vou dormir mais dez minutinhos)
Chega mamãe me dizendo que já é meio-dia e hoje tenho aula do professor do bonezinho às duas da tarde.
(ta ta, so mais dez minutinhos que eu me levanto)
Toca o telefone.
(se for o Neo enchendo o saco eu mando dizer que estou dormindo)
Chega meu irmão enfiando a antena do telefone no meu ouvido, dizendo que é pra mim. Após soltar uns grunidos para o Neo(algo tipo "você me acordou seu chatinho")resolvo finalmente sair da cama. Já são 1:00 da tarde.
Estou na aula do professor do bonezinho.
(olha só, ele tirou o bonezinho. Mas ele tá de óculos escuros por quê ? Que louco marmotoso, meu Deus.)
(ih olha só, ele fez implante de bebelo mesmo.)
(putz, que implante estranho. tá parecendo que arrancou pêlo do suvaco e colou na cabeça.)
(do suvaco coisa nenhuma, tá mais pra pentelho mesmo.)
(peraí, meus pentelhos são lisos. Esse daí está estremamente bufante.)
(por que esse professor bate o pé toda vez que eu faço pergunta pra ele ?desse jeito, se um dia eu chegar perto ele bate em mim.)
(...)
(daí eu bato nele, seria interessante.)
Encontro uma amiga da faculdade na saída, que me abraça tão apertado que dói. Ela também desistiu e resolveu tentar de novo a federal. Está oito quilos mais gorda e a pele está empelotada de espinhas.Nesse instante, veio-me um flashback na memória:
Voltando um ano no tempo..
Eu estava saindo de uma prova de anatomia, cheia de documentos nas mãos.
- Boo, para onde você vai ?
- Trancar essa bosta de faculdade e voltar pra casa.
- Mas por quê ? Largar tudo assim, sem mais nem menos ?
- Eu não sou feliz aqui. Você é ?

Ela ficou calada e eu continuei andando,apressada, pensando mais em mim no que nos outros. E só hoje eu percebi o que fiz naquele dia : causei uma epifania na menina.
(putaquepariu, a culpa é minha.)
(...)
(cacete, eu preciso de um chocolate.)
Depois disso, não dialoguei novamente comigo, temendo que eu me passasse um sermão interminável.
(os piores críticos somos sempre nós mesmos..)

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