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sábado, março 05, 2005

Momento desafabo

Ultimamente, uma pergunta deveras pertinente tem-me incomodado bastante.
"E então, o que você vai fazer neste ano?"
Para quem não conhece a minha história, tal questionamento chega a ser banal.
"Qual o problema de perguntarem da sua vida, menina?"
O problema é justamente esse: é minha vida. Não dos outros. O fato de eu ser uma quase-isso ou quase-aquilo, ou até uma quase-porranenhuma, parece incomodar mais os demais do que a mim mesma. Ora, notícias boas ou más se espalham à velocidade da luz; é lógico que, caso algo acontecesse, todos já estariam sabendo.(em certos casos, sabem até antes de mim!)
Falo isso devido à enxurrada de "conselhos" que venho recebendo em qualquer buraco que me encontre - desde o elevador do prédio onde moro até no meio da rua quando tenho o azar de encontrar algum conhecido bisbilhoteiro. O mais engraçado são as frases prontas: enquanto um diz que eu devo "relaxar e esperar pelo melhor", outros falam que eu "deveria começar a fazer outros planos e retocar a vida".
Honestamente? Fodam-se todos. A personagem principal desse filme sou eu, só eu sei o que me cabe e essa história ainda não acabou. Se fossem pessoas com quem eu tenho afinidade, vá lá. Meus amigos sabem muito bem o que estou passando e têm total liberdade para conversar comigo sobre qualquer assunto. O que não compreendo é gente que conheço de "Oi, tudo bem, até mais" julgar ter melhor conhecimento do que é melhor ou pior para mim como se minha vida dependesse da boa-vontade deles.

Sinceramente, como a humanidade é medíocre.

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