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sexta-feira, julho 24, 2009

Filosofemos

Presenteando-me com um intervalo enquanto escrevo um capítulo para um livro de Ginecologia (a propósito, se alguém puder me fornecer algum artigo científico sobre 'sangramento anormal no climátério' do ano de 2005 pra cá eu ficaria deveras feliz&contente), flaguei-me pensando no ato de estupidez que eu cometi hoje ao apagar um SPAM nos comentários e terminei apagando tambem as palavras de afeto&carinho do meu querido leitor Ubiratan, vulgo Bira, que estavam logo abaixo.

A propósito e NADAVER com o texto,'Ubiratan'é o nome de um professor de química da época do cursinho que, certa vez, presenteou-me com balas de gengibre que eu detestei mas que guardei a caixa com carinho porque ele disse que o desenho da embalagem o lembrou de um desenho que eu fizera dele há algum tempo. (e antes que vocês me perguntem, o desenho era meiguinho.)

Infelizmente, não pude salvar os comentários desse leitor, mas me diverte o fato que, depois de tanto tempo, ele vem aos comentários fazendo referência ao tempo em que eu prestava vestibular (e eu já passei da metade do tempo de faculdade) e citando um namoro que acabou há mais de três anos ( que hoje é uma bela amizade, felizmente) enquanto eu já tive outras experiências depois desse relacionamento (aliás, estou no meio de uma delas, a diferença é que eu não a exponho aqui) como se tais fatos me afetassem. É semelhante a algum coleguinha que ficou chateado com você nos tempos de jardim da infância aparecer hoje na sua vida adulta dizendo que você é "bobo" e que nunca conseguiu lhe perdoar porque, um dia, vocês trocaram uns pontapés porque vocês dois queriam o mesmo pedaço do bolo de aniversário de outro coleguinha seu.

Bira, preciso lhe informar,a vida não é um retrato: ninguém é inerte, ninguém é imutável. Eu amadureci nesses três anos, e lhe sugiro que faça o mesmo. Tanta coisa bonita e terrível aconteceu na minha vida depois dos fatos que você relembrou que hoje tais recordações me dão o conhecido 'sorriso da saudade', uma vez que eu já tirei delas o que elas tinham a me oferecer (e a gente tem de carregar consigo o que é bom, o resto é resto). Sugiro que você analise sua raiva e o seu rancor e se pergunte o porquê da necessidade de você transferi-los para mim. Desejar mal a alguém gratuitamente é a mesma coisa de tomar veneno todos os dias e esperar que outra pessoa morra envenenada, caro leitor abusadinho.

No mais, como diriam os Beatles, a vida é muito curta e não há tempo para implicâncias e brigas, meu amigo.

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