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domingo, maio 18, 2003

Eu e o Lúcio

Esses textos saudosistas do Gory me lembraram um pouco de minha infância. Dentre tantas trapalhadas, houve uma memorável : O Lúcio.
Lúcio era um iguana que encontrei ferido no sítio da família. Sempre gostei de animais e tive pena daquele calango verde todo extrupiado que me encarou. Não pensei duas vezes : coloquei o bicho na minha mochilinha e o trouxe pra morar comigo.
Em início, deu pra esconder dos meus pais. Um belo dia Lúcio se evadiu(já estava ficando meio rebelde)e se escondeu no quarto de minha mãe. Pouco depois, mamae apareceu gritando, dizendo que um bicho estranho estava dormindo em cima da penteadeira dela. O jeito foi aprensentá-los ao Lúcio(e foi antipatia à primeira vista).
Papai ainda tentou me convencer de que ele era selvagem e não poderia ser educado, mas chorei tanto que me deixaram ficar com o Lúcio conquanto ele permanecesse na varanda de casa. Mal sabiam eles que ,às vezes, eu o levava comigo ao colégio para aterrorizar meus amiguinhos(mas essa é outra história). Até que um dia..
...até que um dia Lúcio roeu a tela da varanda e caiu do quinto andar. Por sorte, esparramou-se em cima de um juiz(amorteceu né) que morava no segundo andar e estava passeando pelo térreo e esse juiz só não matou o bicho a pauladas porque o zelador sabia que ele era meu. Pouco depois, o cara ainda ameaçou processar meu pai.
A situação ficou insustentável e devolveram meu Lúcio ao sítio.
Mais uma história de um amor que se acabou. Trágico,trágico.



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